O ensaio "Trabalhadores do Brasil" tem o objetivo de apresentar alguns dos milhões de trabalhadores informais do país. A ideia surgiu de uma reflexão após um acontecimento marcante. Uns dois meses atrás, eu estava esperando para atravessar na faixa de pedestre e um garoto, que deveria ter 10 anos, veio falar comigo e me ofereceu as jujubas que vendia. Percebi que não estava com dinheiro físico naquele momento e falei que não poderia ajudá-lo e me desculpei, mas o menino falou: "Pode ficar com o doce mesmo assim".

Aquilo me sensibilizou muito e pensei: "Essa criança deveria estar na escola, estudando, brincando e não vendendo coisas no sinal". Além de crianças, que é completo absurdo e um reflexo da desigualdade do Brasil, homens e mulheres de todas as idades saem pelas ruas oferecendo seus produtos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o trabalho informal representa 40,2% da população economicamente ativa e é a principal alternativa ao desemprego.

Segundo a classificação do IBGE: "Uma pessoa é dita ocupada na metodologia usada pelo IBGE quando ela exerce atividade profissional (formal ou informal, remunerada ou não)". Os trabalhadores informais não são incluídos na contagem dos desempregados, pois exercem atividades econômicas.

As fotos desta galeria foram tiradas e editadas em um celular. As entrevistas com trabalhadores e pesquisas do IBGE foram utilizadas para a construção das legendas.

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Sthefany Rocha